terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Bailarina com estetoscópio
Um dia
Bailarina, linda
Esbelta, convicta,
Demi-plié em demi-plié
Com Arabesque e Attitude
Em Passé fazias Pirueta
Sempre com rosto de anjo
Fosse "en avant",
Fosse "à la second"
Vi-te as lágrimas
Sequei teu rosto
Fui duro com a desistência
Adulta e firme
Lembrando a dureza
Da vida da bailarina
Prometeste, lembras-te?
Hoje Enfermeira,
Convicta, esbelta,
Séria e profissional
Sem que te deixem ser
Controlas nas tuas mãos,
Os instrumentos médicos
En Avant, en arriére, à la second
Para os doentes como enfermeira
Para os espectadores se Bailarina
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Partido
O meu coração está partido
Deixado ao acaso e em cacos.
O meu rosto contém sulcos
Percorridos pela água
Que brota dos meus olhos...
A minha alma perdeu-se
Num labirinto de ilusões.
Deixado ao acaso e em cacos.
O meu rosto contém sulcos
Percorridos pela água
Que brota dos meus olhos...
A minha alma perdeu-se
Num labirinto de ilusões.
domingo, 24 de outubro de 2010
Ver
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Amor? Amores? Brincadeiras?
Apenas na imaginação o amor promete felicidade eterna.
Pela experiência descobrimos a sua inverosimilhança.
O amor, às vezes é alegria, paixão, e compreende momentos
de serenidade entre risos e tristezas.
Em geral, o amor é suavidade, embora possa ferir.
O amor está em constante mutação, e se num instante um
sorriso pode fazer diminuir o passo, noutro talvez surja
sinal de perigo que nos obriga a avançar para agir, reagir,
enfim, fazer o necessário e tomar uma decisão rápida.
O amor é muitas coisas, mas muitas ele não é.
O amor não envergonha.
O amor não pune.
O amor não se vangloria, critica, degrada ou diminui.
Às vezes pensamos que estamos repletos de amor, mas
egoisticamente atendemos as nossas necessidades antes das
do outro. Contudo, quando expressamos verdadeiramente nosso
amor por alguém, não há como não reconhecer o calor agradável
que nos invade.
Perante tudo isto é caso para perguntar: como pode alguém mudar
tanto e depois de Juras de Amor, fugir, traír, esquecer tudo e
deixar alguém no mais fundo dos poços? Como?
Como pode alguém estar sempre a perguntar: Gostas, nos momentos
em que o calor dos corpos está em combustão, murmurar o quanto
se sente bem naquele momento, mostrando paixão e amor e
repentinamente foge, como se tudo fosse uma brincadeira de
meninos... Como?
Será que amor é isto?
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Lágrimas
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Regresso
De regresso.
Foram vários os meses em que voluntáriamente
desapareci para me dar espaço.
Agora, depois de muito tempo, resolvi voltar.
Como diz Confúcio "cobarde é aquele que sabe o que
tem que fazer e não o faz".
Eu digo que se este tivesse razão, não seriamos tão
e tantas vezes comedidos e preocupados.
Foram vários os meses em que voluntáriamente
desapareci para me dar espaço.
Agora, depois de muito tempo, resolvi voltar.
Como diz Confúcio "cobarde é aquele que sabe o que
tem que fazer e não o faz".
Eu digo que se este tivesse razão, não seriamos tão
e tantas vezes comedidos e preocupados.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Culpa Formada
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
Marionetas
Sempre me fascinou a manipulação
A mestria dos actores
A capacidade de dissimulação
O notável desempenho das mãos
Sempre procurei a definição
De um sentimento ou de um sentido
De um pedaço inerte pendurado
Em vários fios que lhe dão vida
Sempre admirei a representação
O jogo de cordas e de bonecos
Sem que nunca se enredassem
Nem se atrapalhassem na função
Mas quando damos conta
Que a realidade do conto teatral
Tantas vezes nos puxa também
Qual fio preso num inerte
Um braço, que não queremos
Uma perna, que não desejamos
Uma cabeça, que não mexa
Um tronco, que não dobre
Damos conta, que tal como a vida
É uma representação desenfreada
Também somos por vezes manipulados
Belas marionetas em mãos de bonecreiros
sábado, 2 de janeiro de 2010
Mais triste que a própria
A tristeza tornou-me melancólico
perdido num mar revolto
envolvido pelos braços do vento
e nas gotas de chuva grossa
escondendo as imensas lágrimas
que rolam no meu rosto
por não te ter em mim
por saber que já não moro aí,
a tristeza que sobra é vida triste
mas mais triste que a própria
onde o sol não brilha, é a lua não descer
para me serenar e acariciar
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