As palavras dos outros...

De nada vale tentar ajudar quem não se ajuda a si próprio. "Confucio"

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Tempo


Em que o relógio pára,
Para questionar,
Para arrepender.

Em que tudo é passado,
Tudo se apaga,
Tudo se perdoa.

Para ter saudade,
Da falta que nos fazemos,
De voltar a amar.

Há tempo, é possível.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Dor


Essa maldita,
É mesmo assim.
Aparece,
Nós não damos conta.
Instala-se,
Nós não damos conta.
Continua por aqui,
Nós não damos conta.
Para se ir embora,
Demora, demora,
Nós damos conta.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Silhueta


Aquela silhueta
Aquele andar,
Olhei-a no rosto
Vi seu semblante,
Senti-lhe o odor
O seu calor,
Estava por ali
Mas à distância,
Estávamos todos
Tu e eu,
Mas, não estávamos
Nós os dois.

domingo, 30 de novembro de 2008

Confissão


Nas tuas mãos me entreguei,
No teu beijo repousei
No teu colo sinto calma
Nas tuas carícias sinto alma

Nas tuas pernas me entrelaço
No teu peito me abraço
No teu sorriso me seco
Nos teus cabelos me perco

Confesso tudo isso
Que mais queres que confesse?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Paliativo


Quando estamos frágeis
sentimos o piano a tocar
as nossas feridas lambidas
pelos acordes da orquestra

Os violinos, apaziguam
cada rasgo de sangue
enquanto a harpa limpa
as dores na alma

Á batuta do maestro
é pedida mais rapidez
para que todos toquem
e rápido curem

A música é medicamento
bálsamo importante
paliativo profundo, dinâmico
para acalmar a dor

Toquem muito
Toquem afinados
Leiam a minha partitura
Toquem-me

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Perdemos


A inconstância,
A inconsistência,
A intransigência,

Era o que tínhamos

O repente
O sorriso
O toque

Era nosso

Tudo se perdeu
Perdemos tu e eu

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Fábula


Uma Estrela passou e perguntou:
"Porque não te consigo iluminar"?
A resposta não se fez esperar:
"Se não sabes, não vou explicar".

A Estrela não desarmou e continuou:
"A Lua também não te consegue iluminar".
A resposta foi célere e subliminar:
"A Lua perdeu-se, não a consigo achar".

Insistência perversa da Estrela:
"Porque não procuras o Sol"?
A resposta não foi mole:
"EU SOU O SOL".

"Se não me consegues iluminar,
Se a lua não me consegue iluminar,
É simples... A Lua espera por mim;
Tu brilhas como eu, mas estás longe"...

Ás vezes não se vê o Sol.
Ás vezes a Lua esconde-se,
Ás vezes a Estrelas não brilham…
“Porque há Nuvens”, digo eu.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Mimos


Os Mimos despertaram sempre em mim,
um universo de imaginação, qual cinema fantástico,
ou teatro da vida.
São artistas que sempre admirei e tal como eles,
nos fazem despertar sensações, também outros
mimos de natureza afectiva nos fazem libertar,
quantas vezes, incontidas e irrepetiveis emoções.
Os gestos precisos e milimétricos do Mimo, são muitas
vezes, parecidos com nossos, serenos e
plenos de emoção, ou até quiçá, carregados de
afectos e sensualidade que nos preenchem a alma.
Eu definitivamente gosto deles.

PS: Este texto já foi anteriormente publicado,
no entanto e a propósito da nova imagem que escolhi
para o blog, entendi que fazia sentido esta homenagem
aos MIMOS, artistas, e aos outros.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Voluntariamente


Assim se prendem
Dois loucos que se amam.
Questionados, responderam:
Prisão Perpétua.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ter, Sentir, Ouvir


Quem dera
Ter-te aqui
Encostada em mim
sentir teu corpo
embrulhado em papel
como celofane
hermético, sem vácuo,
colada em mim...

sentir tuas mãos
na minha cabeça
alinhando fios de prata
desalinhando os outros
tocar na cicatriz
explicada pela 57ª vez
"foi uma pedrada
coisas de crianças"...

ouvir a tua voz
encostada em mim
sussurrar no meu ouvido
as maluqueiras passadas
as histórias que passámos
os filmes que queremos
os momentos só nossos
as muitas gargalhadas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tudo


Há momentos na vida de cada um, onde
TUDO parece desabar.
Por uma razão ou por outra, quando
menos esperamos, TUDO acontece.
Porque será que isto se verifica?
É estranho, afinal, não é plausível,
que pelo facto de se registar um
problema em dado momento, surjam
vários ao mesmo tempo.
A realidade ás vezes é demasiado dura
para se entender.
Uma mão cheia de situações e colocamos
uma ferradura atrás da porta, ou damos
um saltinho à bruxa de serviço, que estiver
mais perto, para combater o mau olhado.
Eu não acredito em bruxas mas que as há,
lá isso, não tenho dúvidas.
Assim sendo, questiono-me sobre o porquê
de tanta coisa me acontecer em tão curto
espaço de tempo.
Este texto não é mais que catarse ou muro de
lamentações, não tem pretensões de carácter
filosófico, ou sequer, de procura da verdade.
É uma chatice, mas contra factos não há
argumentos.

domingo, 21 de setembro de 2008

Fim


Um beijo ao
Entardecer;
Pálido
Como nós.

Um beijo
Sôfrego;
Com sabor
a nós.

Um beijo
Difícil;
O FIM.
Sabíamos nós.

sábado, 20 de setembro de 2008

Fotografia


És tu
O instante;
Sou eu
Que o capto;

És tu
Que estás ali;
Sou eu
Que estou aqui;

És tu
Que eu vejo;
Sou eu
Que não te tenho;

Uma imagem, uma foto,
Um momento, uma foto,
Uma foto, um sonho,
Uma foto, um tempo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

De Todo...


Sentir muito,
nunca é absoluto,
Entender muito,
nunca é completo,
Dizer muito,
nunca é suficiente,
Pensar muito,
nunca chega.

Estava, estive,
Totalmente
Corpo e alma,
Absolutamente
A dois
Permanentemente
Ao lado
Efectivamente

Fui, dei, tudo, todo,
Mas fui, e De Todo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Borboleta Azul


Olhei surpreso
Vaidosa voava,
Graciosa poisava.

Lembra-me suas formas
Lembra-me seu andar
Parecia que voava

Tal como tu ninfa,
Serena e tranquila
Nos meus braços poisava.

sábado, 13 de setembro de 2008

Saudade, só?


"Há sempre alguém que nos
diz tem cuidado
Há sempre alguém
que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém
que nos faz falta
Ahhh, saudade..."


Anda vem
Quero sentir o teu olhar;
Não sentir o teu cheiro
Mói, dói

Anda vem
Quero sentir o teu beijo;
Não sentir o teu corpo
Dói, Corrói,

Anda vem
Quero sentir a tua voz;
Não sentir o teu ser
Destrói, dói.

Anda que dói
Grita, chama,
"Ahhh, saudade"...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Palcos: (A Vida) (Da Vida)


Nos Palcos encontro as personagens a quem dou
e me dão vida.
É neles que sinto o pulsar de ilusões de tudo quanto
desejamos, ou pensamos que desejamos,
seja por momentos, ou porque o queremos para
todo o sempre.
Dei-me conta na D.T. de uma ópera, quanto às
vezes os nossos esforços podem ser derrubados
pelo imprevisto. De um minuto para o outro, e
sem rede, tudo pode desmoronar e estragar o
trabalho que vimos realizando e ao qual nos
entregamos com afinco.
Na vida, o imprevisto, pode trazer dissabores
e amarguras, algumas que nunca mais se resolvem,
e que de quando em vez, nos atormentam os sentidos.
Na verdade, estar a trabalhar no palco, em tudo
o que o rodeia, e muito mais numa ópera, permite,
por momentos, encontrar um infindo movimento,
ilusão, sensação única de liberdade, e em simultâneo,
uma acrescida responsabilidade provocada pela
ansiedade e stress natural de quem participou no
"parto" de mais um espectáculo.
É esta dicotomia que me fascina desde aqueles
tempos, em que com os meus amigos de infância,
fazíamos concertos desconcertados, circos
imaginários e teatros de vida, imitando as vedetas
de então, que víamos nas festas da Vila, que hoje
me leva a pensar: estou onde sempre quis estar,
nos bastidores do palco.
Ali, fervilham ilusões, medos, sorrisos, enfim,
a vida. Quem diria, que esta é a que escolhi e
onde me sinto bem?
Em mais um momento imprevisível, senti que o palco
é e será sempre a minha vida. Para outros, ela não
deixará também de o ser, quantas vezes de verdadeiras
ilusões, quantas vezes sem que infelizmente se possa
desmanchar o cenário ou repetir a cena!

sábado, 30 de agosto de 2008

Nonsense


Anda, vem...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Saturação


Não esqueço as agruras
que passei e passo...
Não esqueço as ternuras
que passei e passo

Não esqueço as desventuras
que passei...
Não esqueço as aventuras
que passo...

Não esqueço quem perdi
ao passar...
Não esqueço quem esqueci
e passei...

Mas fico indiferente
ao passar e passo...
intransigente
no passo e passo...

Saturado
Cansei da gentalha
Saturado
Cansei da Canalha

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Da MIM para mim.


Por tantas vezes procurar o que sou,
dei por mim, a olhar para uma definição,
sobre a minha pessoa, efectuada pela
MIM de que tanto gostei, em que me
revejo e que pela sua importância, não
resisto em publicar.
"Tu és como um Pássaro.
Precisa de ter um ninho dele, mas que
seja dele, para quem convida alguém
quando quer.
Como qualquer pássaro precisas de voar,
quando e como quiser.
Tu tens sempre o teu espaço físico e mental."

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Lua Mulher


A lua chegou sorrateira. Olhou, piscou um olho,
e enviou-lhe um sorriso, ela corou prazenteira.
O reflexo que de volta tocou na face da lua, enorme,
forte, parecia deixá-la envergonhada perante tamanho brilho.
Brilhava ela menos nas águas suaves, que a luz que saía
de tal rosto, com o poder de um mistério que estava
ali, mas que só ele podia ver e admirar.
Que rosto era aquele, que olhava para lá da linha do
horizonte mas que emanava uma luz fulgurante?
Que rosto era aquele que parecia chegado do Olimpo,
mas que estava ali a um palmo de distância e que
apetecia tocar?
Quem seria? Quem és, perguntaria eu, atrevido, mas
não ele, que permanecia ávido a tentar descortinar todo
um mundo que lhe parecia inacessível.
Ao fim de algum tempo ela mostrou um largo e bonito
sorriso, abriu os seus olhos e de repente dos céus a lua
cheia desceu, corada, brilhante, penetrando e fundindo-se
com aquele ser que estava ali e que parecia inatingível.
Então percebeu-se, era a Lua transformada Mulher, poderosa,
reflexo de pensamentos, desejos e sentimentos que temos,
no nosso imaginário.
Quando a encontramos, partimos de novo com a esperança
de finalmente encontrarmos a nossa alma gémea.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Tenho


Saudade de mim
por mim
… de sentir
do que fui

Saudade de ser
por querer
… de ter
de te querer

Saudade de ti
de nós
… do teu suor
do teu odor

Saudade do teu olhar
… teu ser
te ouvir
do teu querer

Tenho saudades
sim... Tenho

sábado, 26 de julho de 2008

Toques


De novo
Aquela coisa
Que irrita
Chateia
Apoquenta
Desorienta

Um toque
Inadvertido
Tranquilo
Calmo
Sensível
Doce

De novo, tu
Eu, de novo

Querer...


Onde vou
Onde estou
Sinto
Penso
Olho
Cheiro
Tento ser
Ter
Perceber-te!

sábado, 28 de junho de 2008

Tu


Quando te vejo
Assustada
Magoada

Quando te vejo
Perdida
Ferida

Quando te vejo
Inábil
Frágil

Quero ser o teu colo
Teu solo

Desistência

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Voava


Voava
junto à costa

Poisava
naquela rocha

Imaginei
aquelas asas

Sonhei
aqueles olhos

Pensei voar
sobre ti

Pensei olhar
por ti

Por aqui e por ali


Odeio sentir
Esta sensação
Odeio permitir
Esta fixação

Não, não quero
Estar nesta prisão
Não, não quero
Sentir esta frustração

Estou por aqui
Por ali
Estou por ti
Para ti

Espero aqui?
Espero ali?
Se quiseres
Posso ir por aí

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Luz Reflectida


Ai lua
Se soubesses
Se entendesses
Não me davas
A tua oculta face

Ai lua
Mostra-me o teu
Ser, a tua
Reflectida luz
E o meu inunda

Ai lua
Como é belo
O teu rosto na noite
E nos enfeitiça
De sentimentos

Ai lua
Deixa-me beijar
O teu rosto
Acariciar
O teu corpo

Oh lua
Vem, deita-te
Abraça-me
Deixa-me penetrar
O teu mistério

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Sulcos Lavrados


Olhava no espelho
Sentia peso no rosto
Amargura e desgosto
Imagem distorcida

Sulcos sem rumo
Rasgados na alma
Divergente, sem calma
Como a lavra da terra

Olhava e percebia
Conseguir ver
Querer viver
É essência do ser

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Ai vida...


As tuas sombras
As tuas dores
As tuas cores

Os teus odores
Os teus sabores
Os teus sorrisos

As tuas amarguras
As tuas loucuras
As tuas doçuras

Os teus mundos
Os teus enganos
Os teus amores

São sal, é a vida.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Eu e tu


Fecho os olhos,
Mas vejo os teus;

A dobrar com o meu,
Sinto o teu calor;

Nos ouvidos,
Os teus gemidos;

Nos lábios,
O sabor dos teus;

Nas mãos,
A nudez do teu peito;

Nos braços,
Os teus abraços;

Encostadas às minhas,
As tuas pernas;

Abri os olhos.
Estavas ali...

Relógio


Há horas
Erradas
Perdidas

Para esquecer
Aprender
Esconder

Há horas
Certas
Únicas

Para amar
lembrar
E o relógio parar

domingo, 25 de maio de 2008

Os lagos da vida


Sempre vi, vivi, no risco
Tantas vezes traçado, e,
Calculado ao milímetro,
Consciente, ténue,
Invisível, presente.

Sempre gritei, para dentro,
No risco, de forma restrita,
Zangado, ao quadrado,
Depressivo, camuflado,
Invisível, presente.

Sempre senti, mas mitiguei,
O risco de ficar inconsciente,
Perder a sanidade de cansaço,
Imaginar que posso vegetar,
Ou sequer pensar e perceber.

Os lagos da vida, tem nenúfares,
Muito frágeis, mas largos,
Com cores bizarras e estranhas,
Como a vida que carrego às costas,
Na procura de cais seguros.

Por isso, sentado no jardim,
Olho o mundo, sinto o seu cheiro
Sinto o seu pulsar, a sua inconstância,
E pergunto-me: Onde estás?
Dá-me o remédio que acalme a alma.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ás vezes...


Há abraços
Que nos prendem
Esmagam

Há abraços
Que são fortes
Musculados

Há abraços
Tremendos
Ternos

Há abraços
Afectuosos
Sensuais

Há abraços
Que se esperam
Desejam

Ás vezes não,
Ás vezes sim,
Há abraços

Olhei...


Estava sol
Olhei, gostei,

Veio a noite,
Olhei, gostei,

Veio a manhã
Olhei, gostei,

Veio a tarde,
Olhei, gostei,

Está de chuva
Olhei, gostei,

E se faz vento?

terça-feira, 20 de maio de 2008

Eu e o mar


Cabelo desalinhado,
Desconfiado,
Andei pela areia fina...

Pouco Inspirado,
Preocupado,
Sentei na areia fina...

Olhar desatinado,
Magoado,
Deitei na areia fina...

Por fim tinha pensado,
Acordado,
Levantei da areia fina..

O mar estava ao lado,
Sossegado,
Saí da areia fina...

Sem areia, nem mar,
Mas com bom ar...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Madrugada


Naquela madrugada
Olhava o mar
Sentia o seu musculo
Era bom estar;

Naquela madrugada
Olhava o infinito
Sentia o seu tremor
Era importante segurar;

Naquela madrugada
Olhava o raiar
Sentia o seu medo
Tristeza, perceber;

Naquela madrugada
Olhava a vida
Sentia a sua angústia
Vivia até poder ser;

Depois da madrugada
Veio o dia
Veio a noite
Nunca mais senti.

sábado, 17 de maio de 2008

Confesso


Dói-me a tua ausência,
O teu silêncio...

Por onde andas Lua,
Feiticeira da noite?

Dá-me a tua luz,
Quero o teu beijo.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Criatura


Percorri o hall,
Desci a escada
Sentei-me, pensei,
Porquê não sei...
Vieram-me à memória
Momentos vividos.

A torrada, o croiassant
O galão bem escuro
O guardanapo dobrado
Olhava para o lado
Conversava com alguém
Que não falava, não estava.

O imaginário traia-me
Magoava-me sentir
Pensava como não queria
Continuava a conversar
Olhava para o lado
Senti-me de lado.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Tristeza


É peso, é sentimento de perda
É querer, e não perceber
Porque não e porque sim

É razão, ou falta dela
É não querer, e perceber
Porque quero e não deixas

É divisão, mágoa perversa
É insanidade controlada
É perceber que pouco resta

Talvez tenhas razão, ou não
Não quero sentir esta sensação
Chega de não porque não...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Constrangimentos


Um toque, arrepio,
Gemido,
Estremeção,
Uma canção.

Um encosto, desejo,
Beijo,
Coração,
Uma sensação.

Um encontro, sentimento,
Constrangimento,
Libertação
Uma opção.

Sentidos, cinco, às vezes,
Seis serão, adivinhação.

Paciência


É coisa que não tenho,
Não vejo,
Não sinto,
Que desejo...

É coisa que não percebo,
Não encontro,
Não recebo,
Que procuro...

Porquê a mim?
Onde estás?
Oh paciência,
Vem a mim.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Por fim...


Vi,
Olhei,
Toquei,
Senti,

Estremeci,
Sonhei,
Acordei,
Aborreci,

Falei,
Ouvi,
Discuti,
Fechei...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Para que saibas!



Sabes?
Sim...
Se eu sei?
Sim...

Beijos


Descontrolados,
Molhados,
Arrebatados,
Colados,
Apaixonados,
Controlados...

Nossos,
Meus,
Teus,

São Beijos,
Pois são...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Cercados


Eram 4,
As paredes,
Brancas,
Nuas,
Como nós;

Eram 4,
As horas,
Rápidas,
Suadas,
Como nós;

Somos 2
Eu,
Ela,
Entre as 4,
Cercados.

Linda


Assim te vejo.
Oh. Sim tu és...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Momentos


Tenho momentos,
que não quero ver,
não quero crer;

Tenho momentos
que não quero sorrir,
não quero sentir;

Tenho momentos
que não quero estar,
não quero imaginar;

Tenho momentos
que não quero perder,
não quero saber;

Há momentos que doí,
Tenho momentos...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cansado


O cansaço, apoderou-se de mim.
Sinto que tudo se encaminha para
para uma estrada estranha...
As coisa perturbam-me, o espírito
não sossega.
Sinto a falta de coisas, estou dependente
desta "droga" que me embriaga e se
apoderou de mim...
Sinto a falta dos afectos, dos mimos,
não percebo porquê, mas sinto, e acho
que não queria sentir; mas não sei...
Ás vezes a força que temos, tantas vezes
"Duracel", gasta-se na exacta proporção
ou em mais curto espaço de tempo, por
se exigir tanto e num imenso frenesim.
Porque me deixo estar assim?!