As palavras dos outros...

De nada vale tentar ajudar quem não se ajuda a si próprio. "Confucio"

sábado, 16 de janeiro de 2010

Marionetas


Sempre me fascinou a manipulação
A mestria dos actores
A capacidade de dissimulação
O notável desempenho das mãos

Sempre procurei a definição
De um sentimento ou de um sentido
De um pedaço inerte pendurado
Em vários fios que lhe dão vida

Sempre admirei a representação
O jogo de cordas e de bonecos
Sem que nunca se enredassem
Nem se atrapalhassem na função

Mas quando damos conta
Que a realidade do conto teatral
Tantas vezes nos puxa também
Qual fio preso num inerte

Um braço, que não queremos
Uma perna, que não desejamos
Uma cabeça, que não mexa
Um tronco, que não dobre

Damos conta, que tal como a vida
É uma representação desenfreada
Também somos por vezes manipulados
Belas marionetas em mãos de bonecreiros

1 comentário:

Secreta disse...

Eu não gosto de me sentir uma marioneta...à mercê de alguém...
Beijito.