As palavras dos outros...

De nada vale tentar ajudar quem não se ajuda a si próprio. "Confucio"

sábado, 12 de dezembro de 2009

Engano


Sei que vivo
no engano
desordenado
nos limites
sem sentidos
sem rumo
Sei que sim
Sei que assim é

Sei que a traição
da mente
do coração
da alma
tem limites
Sei que sim
Sei que assim é

Mas também sei
Que quero ver
Os limites de tanto
Despudor no engano

16 comentários:

Anónimo disse...

"Engano" - Sim há enganos irreparáveis. Sem retorno.
Um dia... quando olharmos para trás e repararmos que estamos enganados a respeito de algo, ou de alguém, não há nada nem ninguém que nos possa valer, porque o mal está feito.
Por isso, antes de tudo, mais vale prevenir que remediar!

Anónimo disse...

Os enganos, são habitualmente coisas que não se percebem, habitualmente são oriundos de omissões graves, ou de mentiras.
O grave de enganos como este, que aqui parecem existir, é a mistura de várias coisas.
Conhecendo V. Exa, (Lol), como conheço, deve estar a rebentar com a escala, sobretudo, porque quando essa cabeça, que tudo dá aos outros, se pressentir ou sequer imaginar que está a ser vitima de engano, vai-se a confiança e tudo o resto.
Não sei do que se trata, mas suponho coisa difícil. Se posso dar um conselho, quem sou eu, dá tempo a quem tu achas que te está a provocar estes sentimentos que sei serem devastadores para ti, e que esse alguém possa mostrar, que é de confiança ou não...
Gostava de dizer que o passado tem regresso, mas sei que assim não é.
Gostava de dizer o quanto me senti mal por te ter feito aquilo que fiz e te provoquei insegurança de propósito, o que não sabia é que desde então, tendo tu respeito por mim, nunca fui perdoada por esse dano, embora também saiba, que depois de tantos anos, nunca mais fui a mesma pessoa. 26 anos depois, continuas igual, só numa coisa acho que estás diferente, o teu olhar é muito mais bonito mesmo há distância.
Espero que quem te está a provocar este mal, nunca veja as facas que se entranham em nós, quando eles perdem essa beleza.
Este texto acabou por me tocar muito, por aqui venho faz muito tempo, mas é a primeira vez que comento, embora vontade não me tivesse faltado.
Espero que tudo corra bem.
Paula

eu disse...

Caro(a) anónimo(a), enganos são enganos. Aquele que se julga enganado, pode estar enganado, mas é um risco que sempre se corre.
Por isso o melhor é esperar para ver e perceber. É preciso lucidez.

eu disse...

Olá Paula. A vida é uma caixa de surpresas. Esta tua visita também o é. Compreendo o que dizes, mas as coisas nem sempre correm como queremos.
Um beijo para ti e que tudo te corra bem.

C (zinha) disse...

Ops, temos visita ilustre e gira, uau...
Bom já perdi...
Comentando o texto:
Como sabes, eu tenho uma opinião diferente é preciso muita coragem, para se dizer a outra pessoa que se está a engana-la. Quando isso não acontece mais tarde ou mais cedo pagamos a factura. Eu paguei a minha.
Tem calma e vê se não estás tu enganado.
Ás vezes onde ha fumo, há fogo, mas...
Beijo

Anónimo disse...

Olá Paulinha, olá C (zinha) vocês são uma gracinha, viu? continuam escrevendo coisas lindonas sobre o cara.
Não desgrudam!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...
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eu disse...

É difícil remover mensagens. Faço-o quando o mau gosto, e o insulto estão presentes no seu conteúdo.
Foi o que aconteceu. Um leitor não identificado, armado em intelectual e profundo conhecedor do teatro, resolveu produzir um texto, insolente, malcriado e de tão intelectual que mostrava ser, borrou a pintura, quando se despediu com um palavrão. Digo borrou, porque deve ser a única linguagem que entende, porque talvez para ser tão intelectual quanto ele deveria dizer defecou.
Mas ainda aproveitando a intelectualidade do comentador, aproveito para lhe dizer que prefiro Gil Vicente, especialmente os autos, onde provavelmente o poderia integrar na categoria de Diabo, ou se preferi da Besta, como gosta tanto de dizer mestre Gil.
Por último, aqui não se faz teatro, há vidas e pessoas tal como no palco, e palco não é só teatro, são todas as outras artes que provavelmente não conhece.
E de palcos também não lhe vou falar, porque eles fazem parte da minha vida.
Tenho pois dito, e já agora aprenda que liberdade não é libertinagem, e que educação cabe em todo o lado.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Epá publica esse texto tão insolente, para os leitores partilhem (ou não) da minha opinião... Afinal estamos ou não num espaço de discussão e partilha de opiniões?! A tanga das asneiras parece-me uma desculpa idiota (custa assim tanto ler caralho?).... Tem graça cheguei a ver produções Be On Stage onde se dizia algumas palavritas feias... Mas enfim... Fico contente por saber que sois tão "imparciais".... HASTA HASTA, uma ou duas revoltas contra vós não BASTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

eu disse...

Da 1ª vez não tinha percebido, mas agora tenho a certeza que o comentador realmente não sabe ou não quis perceber que este blog é um espaço privado, de apenas um proprietário que sou Eu, e que não tem nada a ver com as produções Teatrais Be On Stage.
Aliás se reparar e ler bem, perceberá, que o titulo tem só e apenas a ver com o texto que publico no meu perfil.
Por isso e para ver se nos entendemos, embora eu seja um homem ligado ao mundo dos espectáculos, praticamente só musicais, este blog é um espaço meu e privado onde escrevo coisas minhas ou de outros autores, mas sem o cariz que lhe atribuiu. Quando removi o texto foi um direito que me assistiu, pois isto não é um espaço de discussão, e onde essa liberdade que pensa ter como um direito, aqui não se aplica.
Assim veja se percebe, que está a confundir um blog de uma companhia produtora, com um que é privado, aberto a leitores até eu achar que se justifica e que por acaso tem um nome que é comum a algo que pelos vistos conhece.
Espero que este esclarecimento seja suficiente.
Já agora, eu próprio, que não imaginava que existisse alguém que fizesse produções teatrais com este nome não me foi difícil descobrir que assim era.
Espero pois que fique mais calmo e perceba, que aqui, mando eu, e não as pessoas que fazem comentários, ainda por cima, sobre algo que não conheço.
Quanto aos autores teatrais, não tenho nenhum problema quanto ao Artaud, assim como não tenho problemas com tantos outros que conheço, pois quando comecei a minha vida no mundo do espectáculo, foi justamente na área teatral, na qual tenho muito orgulho. Independentemente disto continuo a dizer que não sou nem pudico nem tenho restrições quanto ao uso de palavras como as que refere, mas faço-o com sentido de contexto ou em altura de determinada tensão, só que aí não faço teatro.
Por último se é assim tão adepto da discussão não percebo porque não se identificou, e se transformou em algo de feio, pois utiliza o anonimato embora para criticar alguém que não conheço.
O anonimato é algo de extremamente panfletário, que nos dias de hoje e utilizado num espaço privado, tem que no mínimo ter senso.
Por isso, cuidado há mais Marias por aí.

Ana Guimarães disse...

A sério? Peço desculpa.. rendo-me quando erro (isto não é ironia)... Mas se conhece-se o trabalho desta "produtora" iria perceber ao que me refiro... sinceramente reconheço a minha estupidez, ao invadir o seu espaço privado... Já agora em que tipo de espetáculos está envolvido?? Haa... Ainda assim, não vejo qualquer problema em utilizar asneiras. Penso que é uma força de expressão, que revela um certo incoformismo com certas situações... (claro que há a necessidade minima de argumentar, sem recorrer a estes termos). Mas às vezes a tensão visceral fala mais alto... Mais uma vez, as minhas sinceras desculpas...

eu disse...

Com todo o gosto. Nada há de mais bonito quando reconhecemos que erramos.
Julgo que terá percebido, que criei este blog, e que ao dar-lhe este nome, é porque o mesmo tem tudo a ver com a minha profissão, mas também porque entendo que a nossa Vida é um palco permanente.
Obrigado por se identificar, é mais bonito.
Eu para além de Director Técnico de grandes bandas portuguesas, faço também assessoria para grandes teatros, televisões e eventos. Além disso estou ligado igualmente à Direcção Técnica de grandes companhias ligadas à dança e ópera. Sou igualmente produtor de eventos.
Eu sei do que fala, pois rapidamente fui investigar, quando percebi, que havia por aí grandes mágoas e tensões.
Tem o meu email se quiser falar de coisas mais sérias.
Quanto às palavras, não tem problema quando contextualizadas...
Obrigado

Ana Guimarães disse...

Teria imenso gosto em manter um diálogo consigo... As questões relacinadas com arte interessam-me profundamente. A tristeza é mesmo ser aquele tipo de artista ou pseudo-artista), com tensões viscerais cá dentro (prontas a explodir) e encontrar poucos espaços experimentais, em que qualquer coisa que está cá dentro pode ser exosrcisada... Acredito que a comecialização exagerada da arte proporciona um novo tipo/genero de artista... Fazendo uma analogia com a os produtos alimentares produzidos à base de uma exagerada industrialização, também a arte me parece produzida com "adubo industrial" e num sistema padronizado.. O mais grave é que se perde uma coisa essencial em todas as formas de expressão artistica: Comunicar, provocar, sensibilizar... Vivo num certo inconformismo... Porque se a minha tensão artistica vem de uma tristeza/alegria excessiva (nada é tão linear). Ou mesmo sentir com bastante intensidade, encontro "artistas" que se agarram a um pseudo-status... E que tristemente ridicularizam pessoas que não apresentam,"aquele maneirismo de estrela"... Aquele à vontade e felicidade falsa. Por isso, cito tanto Artaud... Pois parece-me um génio incompreendido! Louco (genuinamente louco), mas com tanto dentro dele que sofreu a vida toda. Lá está outra questão interessante... A arte como expressão de um certo sofrimento interior... Claro que excesso de alegria é outra faceta do sofrimento (sofro de ambas). Ao fim de contas feitas a arte exige sofrer, sentir, ir a limites emocionais intensos.. (claro que esta conversa soa a misticismo depressivo). Mas acredito sinceramente que representar passa incontornavelmente por aqui...
Ps: Não tenho ainda o seu mail... gostei da poesia "espalhada" pelo seu blogue... tem aquela "coisinha" que este mundo exagerademente "mecanizado" ainda precisa.... EMOÇÂO :):) Não estaremos todos a viver um triste "défice emocional e afectivo?"

eu disse...

Olá. Peço desculpa, eu esqueci que por razões pessoais, retirei o meu endereço de email.
Por isso e se tiver a amabilidade de me ceder o seu, enviarei uma resposta com o meu endereço e assim já poderá falar comigo.
Quanto ao texto, que escreveu, estou muito contente com o disse, pois de alguma forma, ainda me sinto um pouco assim, passados todos estes anos. Mas é uma conversa longa.
Obrigado

Anónimo disse...

Com todo o gosto envio o meu email: claudiaz@live.com.pt.
Até breve...